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Paul Rivet (o
importante antropólogo francês do século passado, fundador do Museu do Homem e
estudioso dos povos da América Latina) levantou uma publicação de 1833, do
jornal "Le National", Paris, com várias informações sobre o gaúcho, entre as
quais: "Sua fala é enérgica, rápida e irregular; falam com fogosidade e
grande facilidade; são imaginativos de espírito vivaz e apaixonados. Entre eles,
quem sabe montar, laçar, atirar a boleadeira e manejar uma faca, está completo.
( ) são improvisadores, vivendo as expensas das inextinguíveis tropas de gado
cuja carne é a base de sua alimentação. Muitos jamais comeram pão. Sua calma
habitual cede lugar a um ardor indomável quando o fogo de suas paixões se
acende, o que não é raro. O sentido de independência e amor a pátria, por
exemplo se manifestaram mais de uma vez entre estas gentes grosseiras de alma
heróica. Quando estoura uma guerra, este povo pastoril e pacífico se volve, de
golpe, em um exército de terríveis guerreiros. Seu gosto pelo baile e música
mostra igualmente, que sua sensibilidade é susceptível de grande exaltação. O
Gaúcho é bravo por temperamento, mas sua bravura é animal(..). São capazes (..)
dos mais formosos atos de devoção e sacrifício pessoal pela causa que abraçaram.
Em suas brigas, em que o jogo é a causa mais habitual, estão sempre prontos a
degolar-se. À menor provocação, sacam a faca e corre sangue".
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