O
Tropeirismo (condução de animais soltos ou de mercadorias em lombos de
animais arriados) foi um ciclo da maior importância para a economia e a
fixação do homem no interior do Brasil, quiçá tão importante quanto foram os
ciclos do café, da cana-de-açúcar, do ouro, da borracha e outros.
Foram as Reduções Jesuíticas que provocaram as primeiras atividades tropeiras
no Sul da América. Os padres incentivaram os primeiros transportes em lombos
de mulas entre os vários povoados missioneiros. E foram também os
missioneiros os descobridores dos passos de travessia dos rios, principal
obstáculo a essa atividade. Devem-se aos missioneiros a descoberta, por
exemplo, do passos de Yapeyú, Mbororé e outros mais nos rios Uruguai, Iguaçu
e outros, que serviram mais tarde aos tropeiros de origem lusa.
De 1860 em diante, quando os lagunenses passaram a penetrar nos territórios
ocupados pelos missioneiros no Rio Grande do Sul, o gado abundantemente aí
existente passou a ser trazido para Laguna, de onde depois de abatido, a
parte não consumida localmente era enviada para São Vicente e Lisboa, em
forma de charque. Por esta época, a Colônia do Santíssimo Sacramento passou a
ocupar espaço como centro de comércio, notadamente de contrabando, em reação
ao rigor da coroa, da qual dependiam todas as atividades mercantis.
A história registra os seguintes nomes como principais tropeiros: Francisco de Souza Faria (1717) - o pioneiro Cristóvão Pereira de Abreu (1735) - o patriarca João José de Barros (1808) - o paulista José Pacheco de Carvalho (sem data) - da Lapa Joaquim José de Almeida Taques, José Joaquim de Almeida Taques, Francisco de Macedo Taques (sem data) - todos de Castro José Joaquim de Andrade (sem data) - de Sorocaba Dr. Olivério Pillar (1875) - de Cruz Alta Joaquim Antonio Pedroso (1856) - de Sorocaba Maneco Pinto, José Antonio Rodrigues, Felipe Alves Machado, João da Silva e seu pai Potiguara do Prado (sem data) - todos de Carazinho Manoel Gomes de Moraes ou Maneco Biriva (sem data) - de Júlio de Castilhos João Ferreira Amado (sem data) - de Palmeira das Missões Augusto Loureiro Lima, vulgo Duque (sem data) - de Porto Alegre Maneco Bento, capataz de Pinheiro Machado e este (1898-1915) - de Cruz Alta.
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terça-feira, 12 de abril de 2011
HISTÓRIA DO TROPEIRISMO
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