- 1501
Caravelas
portuguesas, primeiro e logo depois as espanholas começam a aparecer nas costas
gaúchas, mas sem desembarque, porque as praias eram perigosas e não havia
portos naturais.
- 1531
Os navegantes
portugueses Martim Afonso de Souza e Pero Lopes, sem desembarcar nas praias
gaúchas, batizam com o nome de Rio Gande de São Pedro a barra que vai permitir
mais tarde a passagem de navios do Oceano Atlântico para a Lagoa dos Patos.
- 1626
O padre jesuíta
Roque Gonzalez de Santa Cruz, nascido no Paraguai, atravessa o rio Uruguai e
funda o povo de São Nicolau, assinalando oficialmente a chegada o homem branco
ao território gaúcho.
- 1634
O padre jesuíta Cristobal de Mendonza Orellana (Cristóvão de Mendonza) introduzo gado nas Missões Orientais, o que vai justificar mais tarde o surgimento do gaúcho.
- 1641
Os jesuítas são
expulsos do Rio Grande do Sul pelos bandeirantes, depois de fundarem 18
reduções ou povos. Essas aldeias foram todas arrasadas e o gado, um pouco foi
escondido em Vacara dos Pinhais, outro pouco levaram para a Argentina na sua
fuga e a maior parte se esparramou, virando "chimarrão", que quer
dizer selvagem. Graças ao padre Cristóvão Mendonza, esse gado, que não tinha
marca nem sinal, ficou também chamado "orelhano".
- 1682
Os bandeirantes
estão ocupados com o ouro e as pedras preciosas das Gerais, esquecendo os
nossos índios. Voltam então os jesuítas espanhóis ao solo gaúcho, fundando
primeiro São Francisco de Borja, hoje a cidade de São Borja, o mais antigo
núcleo urbano do Rio Grande do Sul. Entre 1682 a 1701 eles fundaram 8 povos em
território gaúcho, dos quais 7 prosperaram que se tornaram os 7 povos das
Missões: São Francisco de Borja, São Nicolau, São Luiz Gonzaga, São Miguel
Arcanjo, São Lourença Martin, São João Batista e Santo ângelo Custódio.
- 1750
Assinado o Tratado
de Madri entre Espanha e Portugal, pelo qual os portugueses dão aos espanhóis a
Colônia de Sacramento e recebem em troca os 7 Povos das Missões. Os padres
jesuítas espanhóis não se conformam com a troca e os índios missioneiros se
revoltam. Vai começar a chamada Guerra das Missões.
- 1756
A 7 de fevereiro
morre em uma escaramuça o índio José Tiarayu, o Sepé, junto a Sanga da Bica
(hoje dentro do perímetro urbano de São Gabriel) morto pelas forças espanholas
e portuguesas. Três dias mais tarde ocorre o massacre de Caiboaté (ainda no
município de São Gabriel) onde, em uma hora e 10 minutos os exércitos de
Espanha e Portugal mataram quase 1.500 índios e tiveram apenas 4 baixas. Em
Caiboaté foi vencida a resistência missioneira definitivamente. Ao abandonarem
as Missões, os jesuítas carregaram o que puderam e incendiaram lavouras, casas
e até igrejas.
- 1763
Tropas espanholas
invadem o Brasil, apoderando-se do Forte de Santa Tereza e da cidade de Rio
Grande e de São José do Norte. No período de dominação espanhola começa a
brilhar um herói autenticamente gaúcho: Rafael Pinto Bandeira.
- 1776
Os espanhóis são expulsos do Rio Grande. Mas o forte de Santa Tereza jamais foi recuperado. Hoje está em território uruguaio.
- 1780
Vindo do Ceará, o
português José Pinto Martins funda em Pelotas a primeira charqueada com
características empresariais. Logo as charqueadas vão ser decisivas na economia
gaúcha. O negro entra maciçamente no RGS, como escravo das charqueadas.
- 1811
Pedro José Vieira,
vulgo "Perico, el Bailarín", que era gaúcho de Viamão, acompanhado
pelo uruguaio Venâncio Benavidez dá o Grito de Asencio, que é o primeiro grito
da independência do Uruguai. Surge o grande herói uruguaio "José Artigas".
- 1815
Tropas brasileiras e
portuguesas tomam Montevidéu anexando o Uruguai ao Brasil com o nome de
Província Cisplatina.
- 1824
A 18 de julho
desembarcam em Porto Alegre os primeiros 39 colonos alemães. A 25 de julho eles
se instalam nas margens do rio dos Sinos, na Real Feitoria do Linho Cânhamo,
hoje a cidade de São Leopoldo.
- 1835
Explode a Revolução
Farroupilha. A 20 de setembro, os revolucionários comandados por Bento
Gonçalves tomam Porto Alegre, capital da Província. As causas são políticas,
econômicas, sociais e militares. A Província de São Pedro do Rio Grande do Sul
estava arrasada pelas guerras e praticamente abandonada pelo Império do Brasil,
meio desgovernado depois da volta de Dom Pedro I a Portugal.
- 1836
A 11 de setembro o
coronel farroupilha Antonio de Souza Neto, depois de estrondosa vitória sobre
as forças imperiais brasileiras no Seival, proclama a República Rio-Grandense.
Nesse mesmo ano Bento Gonçalves da Silva é aprisionado após a batalha da ilha
do Fanfa e enviado com muitos oficiais farrapos ao Rio de Janeiro e depois para
o Forte do Mar, na Bahia. O governo da nova República se instala em Piratini e
Bento Gonçalves da Silva é eleito presidente. Como está preso, assume em seu
lugar José Gomes de Vasconcelos Jardim. Piratini é a Capital.
- 1837
Organiza-se o
governo republicano. São nomeados Generais Antonio de Souza Neto, João Manoel
de Lima e Silva, Bento Gonçalves da Silva e mais tarde David Canabarro, Bento
Manoel Ribeiro e João Antonio da Silveira. Enquanto durou, a República
Rio-grandense só teve estes seis Generais.
Nesse mesmo ano, a maçonaria consegue dar fuga a Bento Gonçalves, que de volta ao Rio Grande assume a Presidência da República.
Nesse mesmo ano, a maçonaria consegue dar fuga a Bento Gonçalves, que de volta ao Rio Grande assume a Presidência da República.
- 1839
A República parece
consolidada, a marinha de guerra está sob o comando efetivo de José Garibaldi,
corsário italiano trazido ao Rio Grande pelo Conde Livio Zambeccari, através da
maçonaria. Os farrapos decidem levar a república ao Brasil. Um exército comandado
por David Canabarro e apoiado pela Marinha de Garibaldi proclama em Santa
Catarina e República Juliana.
A capital da República Rio-grandense passa a ser Caçapava.
A capital da República Rio-grandense passa a ser Caçapava.
- 1841
A Capital da
República Rio-Grandense passa a ser Alegrete, onde se instala a Assembléia
Nacional constituinte.
- 1842
Bento Gonçalves da
Silva, no começo deste ano, se bate em duelo com Onofre Pires, que morre em
conseqüência dos ferimentos. Após o duelo Bento Gonçalves da Silva entrega o
governo e o comando do exército republicano.
- 1845
A 28 de fevereiro os
farrapos assinam a paz com o Império do Brasil no acampamento do Ponche Verde,
em Dom Pedrito. O Rio Grande do Sul volta a fazer parte do Brasil.
- 1847
Morre Bento
Gonçalves da Silva, em Pedras Brancas, hoje Guaíba. O grande herói gaúcho
estava pobre e doente quando terminou a Guerra dos Farrapos.
- 1851
Antigos farrapos, ao
lado de seus ex-inimigos, agora todos fazendo parte do exército imperial
brasileiro, derrotam o ditador Rosas da Argentina.
- 1852
Nesse anos aparece a
primeira pesquisa sobre o folclore gaúcho, uma coleção de vocábulos e frases
organizados por Antonio Alvares Ferreira Coruja.
- 1857
Intelectuais gaúchos
imigrados na Corte, fundam no Rio de Janeiro a primeira entidade
tradicionalista gauchesca, a Sociedade Sul-rio-grandense, que existe até hoje.
- 1864
Os gaúchos tomam
parte na invasão do Uruguai e na derrota de Oribe.
- 1865
Em conseqüência da
guerra no Uruguai, o ditador paraguaio Francisco Solano Lopes, declarando
guerra ao Brasil, invade o Rio Grande do Sul, em São Borja. Começa a chamada
Guerra do Paraguai. Nesse mesmo ano o Brasil faz aliança com o novo governo
uruguaio e com a Argentina e os paraguaios invasores são cercados em
Uruguaiana, onde se rendem às tropas da Tríplice Aliança.
- 1868
Funda-se em Porto
Alegre a Sociedade Partenon Literário, decisiva para o regionalismo gauchesco.
Entre seus grandes nomes Caldre FIão, Apolinário Porto Alegre, Taveira Junior e
Múcio Teixeira.
- 1868
Começa o movimento
messiânico dos Muckers, em Sapiranga, liderado por Jacobina Maurer.
- 1870
Termina a Guerra do
Paraguai com a morte de Francisco Solano Lopes. Mais de 1/3 das tropas
brasileiras é constituído por gaúchos, inclusive melhores heróis de 35, como
David Canabarro e Antonio de Souza Neto.
- 1874
Os Muckers, depois
de três ataques do exército brasileiro e da Guarda Nacional, são finalmente
afogados em um banho de sangue, vencida a sua resistência.
- 1875
Começa a imigração
italiana no Rio Grande do Sul. Como os imigrantes alemães já tinham ocupado os
férteis vales fluviais, os italianos passam a ocupar as encostas da Serra.
- 1880
Começa no Rio Grande
do Sul a propaganda republicana brasileira, aproveitando os antigos símbolos do
republicanismo farrapo.
- 1888
A abolição da
escravatura é proclamada no Brasil quando já no Rio Grande do Sul não existiam
mais escravos. O negro veio para o pampa em 1726, com a frota de João de
Magalhães.
O escravo foi mão-de-obra indispensável nas charqueadas. Como voluntário e liberto lutou com grande bravura na Revolução Farroupilha. Como escravo e bucha de canhão lutou galhardamente na Guerra do Paraguai. Um dos maiores heróis da marinha brasileira foi um fuzileiro negro, gaúcho de Rio Grande, chamado Marcílio Dias.
O escravo foi mão-de-obra indispensável nas charqueadas. Como voluntário e liberto lutou com grande bravura na Revolução Farroupilha. Como escravo e bucha de canhão lutou galhardamente na Guerra do Paraguai. Um dos maiores heróis da marinha brasileira foi um fuzileiro negro, gaúcho de Rio Grande, chamado Marcílio Dias.
- 1889
É proclamada a
República no Brasil. No Rio Grande do Sul o homem do momento é Júlio de
Castilhos. O Partido Republicano Rio-grandense, que não esperava a proclamação
tão cedo, não estava preparado para assumir o poder. O Rio Grande do Sul, com a
República, deixa de ser Província e passa a ser Estado.
- 1893
Começa a Revolução
Federalista contra o Governo Republicano chefiado por Júlio de Castilhos. Do
lado dos revolucionários tomaram parte na Revolução de 93 muitos uruguaios,
alguns dos quais do Departamento de San José, os chamados
"Maragatos".
Aos poucos este termo foi sendo usado para designar todos os revolucionários que usavam como símbolo o lenço vermelho ao pescoço. Os guerrilheiros que lutaram a favor do governo usavam o lenço branco (mais raramente o verde) e usavam às vezes uma farda azul com gorro da mesma cor encimado por uma borla vermelha. Por isso, foram chamados de Pica-paus.
Aos poucos este termo foi sendo usado para designar todos os revolucionários que usavam como símbolo o lenço vermelho ao pescoço. Os guerrilheiros que lutaram a favor do governo usavam o lenço branco (mais raramente o verde) e usavam às vezes uma farda azul com gorro da mesma cor encimado por uma borla vermelha. Por isso, foram chamados de Pica-paus.
- 1894
Funda-se em
Montevidéu, no circo dos irmãos Podestá, a Sociedade La Criolla, entidade
tradicionalista que existe até hoje.
- 1895
Assinada a paz entre
Pica-paus e Maragatos e termina a chamada Revolução de 93, que foi sangrenta e
brutal, com muitas degolas.
- 1897
É finalmente vencida
a resistência de Canudos, na Bahia, onde Antonio Conselheiro, com seus
jagunços, estava enfrentando com êxito o exército brasileiro. A vitória só é
alcançada com uma carga de lança dos cavalarianos gaúchos do Coronel Carlos
Teles, de Bagé.
- 1898
Funda-se em Porto
Alegre, a 22 de maio, o Grêmio Gaúcho, cujo grande líder é o Major João
Cezimbra Jacques, que buscou a inspiração na Sociedade "La Criolla"
de Montevidéu. O Grêmio foi a primeira entidade tradicionalista no Rio Grande
do Sul. Existe até hoje, embora tenha perdido o seu caráter tradicionalista.
Graças a seu pioneirismo, o Major João Cezimbra Jacques é hoje o Patrono do
Tradicionalismo do Rio Grande do Sul.
- 1899
A 10 de setembro é
fundada em Pelotas e União Gaúcha. Seu grande líder é o genial escritor Simões
Lopes Neto. Depois de muitos anos a União paralisou as suas atividades e
ressurgiu com atual surto tradicionalista adotando o nome União Gaúcha J.
Simões Lopes.
- 1901
A 19 de outubro
funda-se em Santa Maria o Grêmio Gaúcho, inspirado na entidade de mesmo nome
fundada em Porto Alegre pelo santamariense Cezimbra Jacques.
- 1902
O movimento
messiânico conhecido como "Os Monges do Pinheirinho", em Encantado é
massacrado pela Brigada Militar.
- 1917
Funda-se o primeiro
frigorífico no Rio Grande do Sul, aproveitando a oportunidade econômica aberta
pela I Guerra Mundial Os frigoríficos, a rigor, vieram substituir as antigas
charqueadas.
- 1923
No começo do ano a
Aliança Liberal, chefiada por Assis Brasil, deflagra uma revolução contra o
Governo Republicano de Borges de Medeiros. Novamente lutam nas coxilhas gaúchas
maragatos e governistas, mas estes, agora, são chamados "chimangos".
A paz só é alcançada no fim do ano no Castelo de Assis Brasil, em Pedras Altas,
Pelotas.
- 1924
Jovens tenentes
liderados pelo Capitão Luiz Carlos Prestes levantam nas Missões militares e
civis contra o governo brasileiro, de Artur Bernardes. Vai começar a odisséia
da Coluna Prestes. Poucos anos depois a Brigada Militar viajará até de navio
para o nordeste brasileiro a fim de ajudar na caçada da "Coluna
Prestes".
- 1926
A Coluna Prestes
continua sua marca invicta pelos sertões brasileiros. Em Santa Maria, no RGS,
os irmãos Etchegoyen levantam militares e civis em armas contra o governo.
Apesar de vitórias iniciais o movimento se dissolve sem maiores conseqüências.
- 1928
Registram-se
movimentos armados em Bom Jesus.
- 1930
Chimangos e
maragatos marcham lado a lado na revolução que derruba o presidente brasileiro
Washington Luiz e coloca no poder Getúlio Vargas. Os gaúchos amarram os cavalos
no obelisco da Avenida Rio Branco, no Rio de Janeiro, Capital da República.