terça-feira, 31 de agosto de 2010
segunda-feira, 30 de agosto de 2010
Historia do Churrasco
O churrasco e o arroz de carreteiro são os dois pratos mais característicos da culinária gaúcha.Toda a carne assada chamamos de churrasco.O costume de comer carne assada não é recente, é milenar, vem da antiguidade.O grande escritor Virgílio, ao escrever sua obra "Eneida", já registrava o hábito da carne assada, tipo churrasco.São muitas as formas de assar churrasco.
Sobre as brasas, labaredas ou sob o calor do fogo, com ou sem espetos. Bem ou mal assada e até correndo um pouco de sangue.
A carne fresca, cortada em forma de mantas, também chamamos de churrasco, tal e qual a carne com osso, mesmo crua, chamamos de "fervido". Para o churrasco os espetos podem ser de ferro ou de madeira. Nas regiões campesinas é tradicional o uso de espetos de madeira verde, especialmente de pitangueira, que transmite sabor agradável à carne.
No Rio Grande do Sul, onde o churrasco tomou tanta intensidade e importância, sua trajetória acompanha o gaúcho ao longo da história. A mais rudimentar forma de assar carne remonta à época dos indios guaranis. Eles consumiam muita farinha de mandioca, na forma de pirão, com churrasco. Os guaranis preparavam a carne fresca, abriam um buraco no chão, forravam com folhas verdes, de àrvores, deitavam-na, cobriam com mais ramos, mais uma camada de terra e um fogo em cima. A terra e as folhas servia como tempero, na falta do sal. Já num estágio mais avançado, os indígenas colocavam a carne dentro do buraco, envolvida por folhas de vegetais e por uma camada de barro, tipo a massa de farinha de trigo com que os italianos preparam o talharim. Com o calor do fogo, o material envolto endurecia, sob aspecto de uma telha, que retinha o suco da carne. Era somente retirá-la, quebrá-la e temperá-la com um pouco de cinzas, enquanto os índios não conheciam o sal, e servi-la. Para a carne ter bom gosto os índios escolhiam árvores como a pitangueira, evitando que deixassem gosto indesejável. Nesse particular, provavelmente, já conheciam a técnica até hoje usada pelo Exército, nas viagens, em manobras pelas selvas. Evitar comer frutas, folhas e caules de plantas leitosas ou peludas, que geralmente são venenosas.
A prática de assar carne, envolvendo-a, depositando-a num buraco, cobrindo com cinzas e atear fogo, vem até nossos dias. Dessa forma ainda assam-se peixes, com a única substituição da massa de barro pelo papel laminado. Nas estâncias assam-se batata-doce, cebola, inhame, pinhão, etc., enterrados nas cinzas. Quando chegaram os portugueses e espanhóis, difundia-se o sistema de assar carne nas brasas ou labaredas, com espetos e salmoura. Mas foi com as revoluções que surgiu o sitema de cortar uma parte da rês, com couro, levando, apressadamente ao fogo. Após assado é que era tirado o couro e temperado, geralmente com salmoura. Alimento rico em proteinas e que levou o gáucho ao uso marcante do chimarrão, para melhor digestão. Para assar um bom churrasco, após escolhida a manta apropriada, coloca-se sal a gosto, antes, durante ou depois de levar ao fogo, com sal ou salmoura. Coloca-se, inicialmente, afastado do fogo e após aquecido poderá haver maior aproximação das brasas. Para não ficar dura a carne, deixa-se fritar bem o osso, somente virando após, que brevemente estará pronto para servir. A não ser em espetos giratórios, as constantes viradas de lado fazem com que, aquecendo e desaquecido, a carne torne-se rígida. O churrasco foi a seiva que gerou uma raça gaúchaforte. Em diversas oportunidades essa energia defendeu tão bravamente estes pampas.
O churrasco está sempre presente na vida do campeiro gaúcho.
Fonte:ABC do tradicionalismo gaúcho
Salvador Ferrando Lamberty
(Forum Gaucho - http://comunidade.portaldogaucho.com.br/viewtopic.php?f=27&t=156)
terça-feira, 24 de agosto de 2010
Começam os trabalhos para Semana Farroupilha 2010
O presidente do Instituto Gaúcho de Tradição e Folclore, Manoelito Savaris, foi eleito presidente da Comissão Organizadora dos Festejos Farroupilhas 2010, hoje, em reunião realizada na sede da instituição, em Porto Alegre. A presidência foi eleita pelos integrantes da própria Comissão, formada pelas Secretarias de Estado da Cultura, do Turismo, Esporte e Lazer, da Educação, Movimento Tradicionalista Gaúcho, Instituto Gaúcho de Tradição e Folclore, Brigada Militar e Federação das Associações dos Municípios do Rio Grande do Sul (FAMURS).
“Farroupilhas: Ideais, Cidadania e Revolução”, tema a ser adotado em 2010, irá buscar trabalhar a revolução sob estes três aspectos: seus ideais, explorando os motivos que levaram os farroupilhas a se posicionarem contrariamente ao Império; a cidadania, apresentando a vida dos farroupilhas enquanto cidadãos, com famílias, propriedades, direitos e deveres civis, entre outros pontos; e a revolução, mostrando a movimentação das tropas no território gaúcho, destacando a vida nas três capitais farroupilhas.
O acendimento da Chama Crioula, evento que marca o início das comemorações em todo o Rio Grande do Sul, acontecerá dia 14 de agosto, em Itaqui.
(Click RBS - http://wp.clicrbs.com.br/mtg/2010/03/25/comecam-os-trabalhos-para-semana-farroupilha-2010/)
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
Aprendendo a Preparar um Verdadeiro Chimarrão
Agora que ja aprendestes a fazer um bom chimarrão podes rir um pouquinho com esse grande humorista do Rio Grande do Sul
Fontes:
(Pagina d0 Gaucho - http://www.paginadogaucho.com.br/chim/aprendendo.htm)
(Guri de Uruguaiana - http://www.gurideuruguaiana.com.br/)
(YouTube - http://www.youtube.com/watch?v=zp-q--A_dYo)
segunda-feira, 2 de agosto de 2010
Indumentária Histórica Utilizada no Rio Grande do Sul Através dos Tempos na Cultura Gaúcha
ÍNDIO MISSIONEIRO (1620 A 1730) Os

CHIRIPÁ PRIMITIVO - Primeira Época (1730/1820)

o e moradia como fim das Missões (entra o Chiripá Primitivo). O homem passa a usar uma saia de couro cru, com camisa aberta ao peito de tecido rústico, botas garrão de potro ou pés descalços, chapéu de palha par a proteção do sol e intempéries, ceroulas sem crio, faixa e colete. A mulher usa apenas uma blusa de tecido rústico e a saia em corte simples também em tecido rústico. Os pés descalços castigavam durante a lida do campo de doméstica.
Contrapondo essa vestimenta de trabalho, o estancieiro, todo poderoso, usava apenas peças fabricadas dos puros tecidos vindos da Europa, dando ênfase para a ceroula de crivo ou renda trabalhada, botas fortes com esporas, calções de tecidos nobres abaixo do joelho, colete e camisa de linho, lenço no pescoço e chapéu de copa alta. A mulher exagerava nos ornamentos utilizando leque e vestido de tecido nobre com renda flor e fita no cabelo em coque e sapato de couro, brincos e correntes com crucifixo e meios coloridas. Popularmente, esse traje é denominado de BRAGA.
CHIRIPÁ FARROUPILHA - Segunda Época (1820/1865) O

Na cidade a moda mudava um pouco, pois a influência européia era mais muito sentida. A mulher usava vestidos rodados, com armação e chapéu de feltro para a proteção dos cabelos. O homem citadino usa calça reta de tecido leve, colete, camisa com lenço bem arrumado, fraque e chapéu.
BOMBACHA (1865/1900) O tempo passa e

Para tal Paixão Cortes veste as irmãs e de seus amigos com vestido criados por ele mesmo. Simples, com babados, corte godê simples e pouca armação, vai compor com uma flor no cabelo o traje criado e dado como característico do gaúcho. Inicia a participação feminina nos primeiros movimentos relacionados a perpetuação dos costumes gaúchos.

PILCHA Um dos grandes diferenciais entre os povos é a indumentária característica de cada um deles. Reconhecemos um japonês tradicional pelo seu quimono de seda; um habitante dos Andes pelo seu característico gorro colorido; um vaqueiro nordestino pela sua roupa de coro , rústica para enfrentar os espinhos da caatinga; e um gaúcho atual pela sua pilcha, composta por botas, esporas, bombacha, faixa na cintura, guaiaca, camisa, lenço, colete, casado ou jaqueta e chapéu.
A vestimenta gaúcha tradicional sofreu mudanças durante os anos, principalmente por ser uma mistura das vestes das diversas nacionalidades que colonizaram o Rio Grande do Sul. Das Bragas dos estancieiros e abastados de 1750/1820, passando pelo Xiripá Farroupilha de 1820/1865 até chegar na atual vestimenta do gaúcho, ficaram algumas peças que, pelo conforto e originalidade, representam nossa cultura ímpar. As antigas vestimentas, como por exemplo a Bota de Garrão de Potro, são usadas em apresentações de música e dança, coma finalidade de perpetuar a história de nosso povo. No entanto, existe a necessidade de normatização do uso da pilcha, não para padronizar, mas sim para evitar que modismos irresponsáveis deturpem as nossas tradições. Assim, cada CTG, cada Entidade tradicionalista, deve procurar conhecer a nossa indumentária característica, respeita-la e cultua-la com orgulho. É bom que se diga que, de todos os povos do nosso planeta, aqueles que normalmente admiramos, seja qual for o motivo da admiração, geralmente são aqueles que preservam suas raízes, apesar da modernização de suas sociedades.
LENÇO NO PESCOÇO O lenço do gaúcho, em

- nó tradicional, comum ou getulista (usado pelo Presidente Getúlio Vargas) foi adotado pelos chimangos, sendo, portanto , feito em lenços de cor branca.;
- nó quadrado ou domador, usado nas cores vermelha ou preta, foi adotado por Assis Brasil, que era maragato;
- nó farroupilha, também conhecido como bago de touro, usado nas cores farroupilhas ou preto;
- nó ou tope farroupilha, muito usado de 1935 em diante pelos revolucionários farrapos;
- nó dois topes, também sem conotação política, pode ser feito em qualquer cor de lenço;
- nó pachola, por representar a alegria, pode ser usado em qualquer cor de lenço, exceto a preta (significa a tristeza do luto)
- nó crucifixo, usado somente em festas religiosas , pode ser atado em lenço de qualquer cor.
(Fonte: Departamento de Cultura 13ª Região Tradicionalista )
(Cultura Gaucha - http://wwwculturagaucha.com.br/indumentaria.html )