No Tradicionalismo, Grupos Musicais devem honrar as Tradições do Povo
Gaúcho Sul-brasileiro! As diferenças entre a música sul-rio-grandense, a
regional gaúcha e a gauchesca tradicional devem ser conhecidas e
entendidas, para o bem do Tradicionalismo Gaúcho. A música
sul-rio-grandense ou simplesmente "gaúcha" é aquela produzida no Rio
Grande do Sul, independentemente do estilo empregado.
Nesse sentido o
"rock", o "funk", o pagode e outros gêneros musicais feitos no Estado. A
música regional gaúcha é aquela que se utiliza tanto de temas campeiros
como urbanos e, ainda, outros relativos ao jeito gaúcho de viver,
mediante ritmos musicais não necessariamente tradicionais. Como exemplos
citamos as músicas chamadas de "nativistas" e as "mercadistas" com
conteúdos chulos e enderaçadas ao grande público. Ambas – a
sul-rio-grandense e a regional gaúcha - estão permanentemente na busca
de mercados, regional e nacional.
A música regional gaúcha, inclusive,
nos últimos tempos vem sendo fortemente descaracterizada por músicos e
gravadoras. Ao incorporar outros ritmos, outros andamentos e outros
compassos, com vistas à ampliação da vendagem de seus “novos” trabalhos,
ou seja, com o intuito de formar e conquistar mercados consumidores
junto aos demais Estados Brasileiros e ao Mercosul - Mercado Comum do
Sul, essa "música regional gaúcha" decaiu muito em qualidade. Essa
decadência se deu no campo cultural-regional-moral, diante do baixo
nível musical e de conteúdo. Portanto, nem é preciso dizer que no âmbito
do Tradicionalismo não deve haver espaço para esses interesses
meramente comerciais.
No interior das Entidades filiadas ao Movimento
Tradicionalista Gaúcho organizado, e de seus eventos tradicionalistas,
em observância aos postulados filosóficos que fundamentam a ideologia
tradicionalista, só a música gauchesca tradicional deve ser executada.
Como associações sem fins lucrativos e essencialmente culturais que são,
cuja finalidade é a de culto, defesa, valorização, preservação e
divulgação da arte, do folclore e das autênticas tradições do Povo
Sulista Brasileiro, as Entidades Tradicionalistas devem evitar a
promoção de músicos e músicas que venham a contrariar aos seus altos
objetivos culturais e aos seus desígnios de Centros de Tradições
Gaúchas, de Entidades Santuários da Tradição. Seus palcos não são locais
adequados para “shows” nem para a promoção de trabalhos que não
dignifiquem a tradicional música gauchesca e a indumentária campeira dos
Gaúchos do Rio Grande do Sul. Muito pelo contrário! Nestes e em
qualquer outro recinto tradicionalista há que se ter presente que nem
todas as músicas gaúchas são conciliáveis com os objetivos
institucionais do Tradicionalismo e nem todos os artistas e grupos
musicais "gaúchos" são Tradicionalistas.
No âmbito do Tradicionalismo
Gaúcho Brasileiro todos os que dele participam são devedores de um
comportamento compatível com a sua Filosofia Tradicionalista, as suas
diretrizes internas para o uso da música tradicional e da genuína pilcha
gaúcha do Garrão Sul-brasileiro; da coerência regional e do devido
respeito a esse sagrado Patrimônio Cultural do Povo Gaúcho
Sul-brasileiro; as autênticas Tradições dos Gaúchos Centauros das
Coxilhas do Rio Grande do Sul, os Campeiros do Brasil!
Fonte: Bombacha Larga