A Tradição Gaúcha Brasileira é
baseada no Jeito Regional de Viver dos antigos Campeiros
do Pampa do Rio Grande do Sul, dos antepassados Gaúchos Interioranos
da Região Sul do Brasil.
É por isso que na indumentária típica e
tradicional dos gaúchos brasileiros não deve haver nem modismo de
mercado nem luxo nem exageros nem cores fortes. Peões e
Prendas, para manterem os usos e os costumes tradicionais gaúchos recebidos dos
antepassados do Pampa Sul-rio-grandense, submetem as
suas preferências pessoais à Tradição Regional
Gaúcha do Rio Grande do Sul, um Bem Público
pertencente ao Estado Sulino, aos Sul-rio-grandenses,
ao Brasil e a todo o Povo Brasileiro.
Com
o fim de orientar a todos, tradicionalistas ou
não, especialmente àqueles que passam a despertar interesse pelo
Tradicionalismo Gaúcho Brasileiro organizado, é
que as Diretrizes para o Uso da Pilcha Gaúcha de Honra do Rio
Grande do Sul existem.
Elas são orientações fundadas no Patrimônio
Sociológico-tradicional do Pampa Sul-brasileiro, confirmado nas pesquisas
e nos estudos de renomados folcloristas e historiadores do Rio
Grande do Sul. Por isso, embora a cor preta
possa, em determinada época, passar a ser a cor da moda,
os Tradicionalistas Gaúchos Brasileiros não a usam quando
pilchados, pois, por Tradição, os campeiros
sul-rio-grandenses sempre a reservaram, unicamente, para os casos de
externar o sentimento de luto.
Assim com as cores berrantes, fortes, contrastantes,
como a vermelha, a verde, a
azul, a amarela, a
verde-limão, a rosa, a
lilás, e outras que contrariam a tradicional
sobriedade e simplicidade da indumentária regional dos
gaúchos do interior do Pampa do Rio Grande do Sul.
As cores fortes e escuras,
portanto, não são da Tradição Gaúcha Brasileira,
pois os campeiros sul-rio-grandenses, formadores da centenária Tradição
do Rio Grande, foram reservados, comedidos,
preferindo cores amenas, claras e mais condizentes com a sua origem
portuguesa-açoriana e o seu viver de homens simples do campo.
O mesmo
serve para os lenços estampados e pretos,
virados, escondidos, à meia-espalda ou usados por sobre a gola da camisa ou com
pontas para trás; as botinhas de caubói ou as brancas;
as calças corridas, com alças no cós para as cintas urbanas; as
bombachas vermelhas ou de cores vivas,
como o azul claro, por exemplo; os chapéus de couro, chaparral, country, texanos; as
boinas coloridas, desabadas, importadas de outras plagas,
não tradicionais dos Gaúchos Campeiros do Pampa Sul-brasileiro;
as rastras platinas; os coletes
texanos, com cores e formatos incompatíveis com a Regional
Tradição Sul-rio-grandense, peça essa que só foi usada para momentos
especiais, por correponder à fatiota, mas jamais nas práticas
campeiras.
As Prendas Tradicionalistas, da mesma forma, nos atos
de Fazer Tradição do Rio Grande e cumprir os Fins
Culturais Preservacionistas do MTG Brasileiro evitam os tecidos brilhosos,
os modelos muito armados e sofisticados de vestido, os sapatos de salto fino, o
uso excessivo de jóias, a maquiagem exagerada e o uso de bombachas - peça
essencialmente masculina - fora das provas campeiras e das cavalgadas rurais.
A
Mulher Tradicionalista Gaúcha Brasileira, trajada com o Vestido
de Prenda, nunca se apresenta com decote fora do
padrão gaúcho tradicional e sem portar bombachinha e sapatilhas.
Dessa forma, prendas e peões, antes de pilcharem-se para uma Atividade
Tradicionalista Gaúcha, um Evento do MTG Brasileiro, devem
observar as Diretrizes Culturais do Tradicionalismo
para o uso da Indumentária Tradicional dos Gaúchos do Rio
Grande, evitando, com esta simples providência, o
cometimento de possíveis gafes, com a revelação pública de um certo
grau de ignorância quanto a um Fundamento Básico importante do Movimento
Tradicionalista Gaúcho Brasileiro.
Assim, a única moda a
ser seguida no MTG Brasileiro é a da antiga,
tradicional e autêntica Pilcha Gaúcha de Honra e Oficial do Estado do Rio
Grande do Sul, oriunda dos Gaúchos Campeiros do Pampa
Sul-brasileiro!
(Bombacha Larga - www.bombachalarga.org)